Mato Grosso do Sul inicia nesta terça-feira (1º) a vacinação do rebanho contra a febre aftosa, que é obrigatória para bovinos e bubalinos. A previsão da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) é de que 16 milhões de cabeças sejam imunizadas entre os animais do Planalto e do Pantanal. Esta é a última imunização do gado antes do pedido de área livre de aftosa sem vacinação.
Na região do Planalto, a vacinação é obrigatória para todo o rebanho entre os dias 1° e 30 de novembro. O registro da imunização deverá ser realizado pelo produtor, no sistema informatizado da IAGRO, através do portal GAP de 1º de novembro a 15 de dezembro de 2022.
Já no Pantanal, os optantes pela etapa de novembro devem vacinar todo o rebanho entre 1° de novembro a 15 de dezembro de 2022 e registrar a vacinação de 1° de novembro a 31 de dezembro. Para ambas regiões, a aquisição da vacina já está liberada nas revendas cadastradas desde o dia 27 de outubro, sem a necessidade de emissão de autorização de compra pela IAGRO.
O diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold, destaca mais uma vez o empenho e comprometimento dos produtores rurais, em manter Mato Grosso do Sul como Estado livre da febre aftosa, lembrando que o índice de vacinação contra a doença alcançou a marca de 99,73% de animais na etapa de maio. No total, foram vacinados 11.722.450 animais, entre bovinos e bubalinos.
O presidente da Iagro destacou que esta etapa de vacinação segue as diretrizes do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), que tem como objetivo principal “criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa e ampliar as zonas livres de febre aftosa sem vacinação, protegendo o patrimônio pecuário nacional e gerando o máximo de benefícios aos atores envolvidos e à sociedade brasileira”.
Área livre sem vacinação
De acordo com o superintendente da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Rogério Beretta, o Estado buscará no próximo ano o status de área livre de febre aftosa sem vacinação. “Para isso teremos que seguir todas as etapas previstas no PNEFA, entre elas a retirada da vacina da aftosa no rebanho”, acrescentou.
Para realizar a transição de status sanitário, o Mato Grosso do Sul deve atender aos critérios definidos no Plano Estratégico, que está alinhado com as diretrizes do Código Terrestre da OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal).
Para o reconhecimento como zonas livres de febre aftosa sem vacinação, a OIE exige a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados nos estados e regiões propostas por, pelo menos, 12 meses.
Rosana Siqueira – Semagro
Foto: Arquivo