“A noite quando está chovendo eu não durmo, fico cuidando pela janela porque a água tampa todo o asfalto e chega na porta de casa, fico com medo. Tinha que arrumar um jeito para não transbordar”, conta a dona de casa Noemia Barbosa, de 62 anos, cujo problema está próximo de ser solucionado com o início das obras de contenção do rio Anhanduí.
Com recursos federais, estaduais e execução da prefeitura – viabilizados em conjunto com a Câmara de Vereadores pelo Programa Juntos por Campo Grande – as intervenções irão contemplar a avenida Ernesto Geisel nos dois sentidos num trecho de 2,4 quilômetros, inclusive, o local onde Noemia mora há 28 anos, no bairro Cohafama.
Neste e nos demais trechos entre as ruas Santa Adélia e Aquário serão executados serviços de drenagem, recomposição dos taludes e sistema de gabião para canalização da água.
Após as intervenções para conter a erosão, será feita restauração da pista, recapeamento, construída uma ciclovia e melhorada a sinalização de trânsito.
Os três lotes de obras de manejo de águas pluviais do rio Anhanduí contam com contrapartida estadual de R$ 900 mil que integra o montante de recursos federais que chega a R$ 57,7 milhões.
Eles preveem a restauração das margens, construção de galerias pluviais, recuperação de áreas úmidas, reservatório de amortecimento de cheias, urbanização de caráter complementar e pavimentação em todo o Complexo Anhanduí, que inclui os córregos Cabaça e Areias.
As licitações para os três lotes de obras já foram concluídas e estão em fase de recurso, para posterior autorização pela Caixa Econômica Federal (CEF). A previsão da prefeitura é que os trabalhos tenham início ainda neste ano.
Danúbia Burema – Subsecretaria de Comunicação (Subcom)
Foto capa: Chico Ribeiro