Com os índices de umidade relativa do ar abaixo de 20% os riscos de danos graves ao sistema respiratório aumentam e nesse caso é preciso seguir alguns cuidados, segundo o pneumologista Henrique Ferreira de Brito. Em entrevista ao programa MS no Rádio da Educativa FM 104.7, o médico ressalta que, ao invés do que muitos pensam, o frio não causa tantos danos quanto o ar seco. “O tempo seco agride muito a respiração”, diz o pneumologista, observando que alguns cuidados podem contribuir para a saúde do sistema respiratório.

Segundo o médico, com a baixa umidade do ar, os órgãos que compõem o sistema respiratório, sofrem com o ressecamento e perdem o poder de umidificação e filtragem do ar que respiramos. Nesse caso, recomenda-se a ingestão de água, alimentação balanceada, consumo de menos sal e uso de soro fisiológico para higienização nasal. De acordo com o pneumologista, a baixa umidade requer cuidados principalmente com as pessoas que já têm ou tiveram sintomas de doenças respiratórias. De acordo com o médico, é preciso cuidar do ambiente, mantendo os locais de trabalho e residência bem ventilados, pois os poluentes do ar promovem uma irritação no pulmão. “Neste período é sempre importante a pessoa assumir uma alimentação saudável e se hidratar bastante. Outra dica é quando estiver em casa deixar o ambiente livre para a circulação de ar, bem limpo e sem a presença de objetos que acumulem poeira como cortinas, carpetes e bichos de pelúcia”, orienta.
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De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a umidade do ar ideal compreende a faixa entre 50 e 80%. Entretanto, em algumas épocas do ano, como no inverno, ela tende a cair, inclusive, abaixo de 30%. As regiões Centro-Oeste e Sudeste são, geralmente, as mais prejudicadas. Nestes estados, há um significativo aumento de buscas por atendimento médico, principalmente por pessoas alérgicas. Isso acontece porque as mucosas costumam ressecar e inflamar nestes períodos.