Ícone de diferentes gerações, o personagem Zé Gotinha, criado pelo artista plástico Darlan Rosa em 1986 e adotado pelo Ministério da Saúde, incentivou a vacinação desde então e ajudou o Brasil e superar a poliomielite. Ele representa as gotas de imunização e seu nome foi escolhido pelas próprias crianças por cartas que foram enviadas às secretarias de saúde.
Mas o método de imunização irá mudar. Aplicada de forma oral, a vacina oral poliomielite (VOP, na sigla em inglês), será oficialmente aposentada no Brasil até novembro. A dose será substituída pela vacina inativada poliomielite (VIP, na sigla em inglês), aplicada no formato injetável.
Em 2023, o Ministério da Saúde informou que passaria a adotar exclusivamente a VIP no reforço aplicado aos 15 meses de idade, até então feito na forma oral. A dose injetável já é vinha sendo aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. Já a dose de reforço contra a pólio, antes aplicada aos 4 anos, segundo a pasta, não será mais necessária, já que o esquema vacinal com quatro doses vai garantir proteção contra a pólio.
A atualização considerou critérios epidemiológicos, evidências relacionadas à vacina e recomendações internacionais sobre o tema. Desde 1989, não há notificação de casos de pólio no Brasil, mas as coberturas vacinais sofreram quedas sucessivas nos últimos anos.
Quer saber como será o futuro do Zé Gotinha com essa mudança? Confira na reportagem de Júlia Torrecilha ao Jornal da Educativa: