Problemas de memória que afetam o dia a dia, dificuldade na fala e no raciocínio, desorientação no tempo e no espaço, alterações de humor e de comportamento. Esses são alguns dos sinais que podem indicar o diagnóstico de Alzheimer.
A condição, que afeta principalmente pessoas acima dos 65 anos, é o principal tipo de demência no mundo e é responsável por aproximadamente 70% dos casos da doença. A estimativa é que cerca de 50 milhões de pessoas vivem com a doença, número que deve aumentar nos próximos anos, devido ao envelhecimento da população.
No Brasil, centros de referência do Sistema Único de Saúde (SUS) oferecem tratamento multidisciplinar integral e gratuito para pacientes com a doença, além de medicamentos que ajudam a retardar a evolução dos sintomas da condição, que afeta 1,2 milhão de pessoas e 100 mil novos casos são diagnosticados por ano.
O tratamento, porém, envolve o paciente, membros da família ou cuidadores, já que doença, degenerativa, demanda cuidados multidisciplinares cada vez mais intensos à medida em que progride.
Saiba mais sobre a doença, tratamentos e o envolvimento familiar na reportagem especial de Leonardo Paraná ao Jornal da Educativa:
Sobre a doença
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, progressiva e ainda sem cura que afeta, majoritariamente, pessoas acima de 65 anos de idade. Ela pode comprometer diversas funções cognitivas, como memória, linguagem, raciocínio, humor, comportamento e percepção do mundo.
Os principais fatores de risco da doença são: idade; genética; baixo nível de escolaridade; obesidade; tabagismo; sedentarismo; diabetes; hipertensão e depressão não tratados ao longo da vida; baixa qualidade do sono; isolamento social; abuso de bebida alcoólica; traumatismo craniano; perda auditiva; e poluição do ar. Por isso, a estimativa é que é possível prevenir 48% dos casos de Alzheimer evitando o álcool e o cigarro, controlando doenças crônicas, cuidando da saúde mental e adotando um estilo de vida saudável, com a prática de atividade física e uma boa alimentação.
Para identificar o Alzheimer, é preciso estar atento aos sinais. O primeiro sintoma, e o mais característico, é a perda de memória recente. Com a progressão da doença, vão aparecendo sintomas mais graves como, a perda de memória remota (ou seja, dos fatos mais antigos), bem como irritabilidade, falhas na linguagem, prejuízo na capacidade de se orientar no espaço e no tempo.
O diagnóstico do Alzheimer é clínico e considera o conjunto de sinais e sintomas e a exclusão de outras causas. O tratamento com medicamentos pode aliviar ou retardar a progressão dos sintomas. Terapias cognitivas e mudanças do estilo de vida também ajudam.
Se você conhece um idoso que apresenta os sintomas e sinais apresentados, procure um médico geriatra ou dique 136 para a Ouvidoria Geral do SUS.
Com informações do Ministério da Saúde