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19 de abril de 2024 - 21:12

Deputados de MS criam frente para discutir proteção dos rios e nascentes da Serra da Bodoquena

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul instituiu a “Frente Parlamentar de Combate ao Turvamento e Assoreamento dos Rios da Região de Bonito/MS”. A medida foi oficializa pelo Ato 23/2019 da Mesa Diretora, publicado no Diário Oficial da casa, na semana passada. Os objetivos, segundo o documento, são discutir e implementar mecanismos, regramentos  e normas contra as causas que tem contribuído para os frequentes problemas enfrentados na região. O tema também tem envolvido empresários do Turismo, ambientalistas, guias e moradores  da cidade, que se mobilizam para que a soja seja proibida nos varjões. Projeto semelhante foi aprovado em 2008, quando o plantio de cana-de-açúcar foi vetado no Pantanal pelo Ministério do Meio Ambiente para diminuir erosões e o assoreamento dos rios.

Nascente Azul continuou cristalina mesmo após chuva forte (Foto: Divulgação Grupo Unidos Conservamos)

Neste domingo de Páscoa (21) voltou a chover forte em Bonito, sendo registrados cerca de 115 mm em um intervalo de 2 horas. Guias, moradores e proprietários de atrativos, que participam do grupo ‘Unidos Conservamos’ no Whats App, atualmente com 252 participantes, monitoraram vários pontos da cidade durante a chuva, destacando alagamentos em alguns trechos da região central e bairros, interdições em algumas estradas de acesso a atrativos e condição dos rios. Segundo o grupo, a maioria dos atrativos não foi afetada pela chuva e funciona normalmente nesta segunda-feira (22), com exceção de alguns balneários. Passeios de flutuação, como Nascente Azul e no Rio Sucuri continuam cristalinos, mesmo com o nível das águas mais elevado. Já os rios Formoso e o Prata, voltaram a turvar.

Texto divulgado nas redes sociais do grupo e assinado pela advogada Marla Diniz Brandão Diase pelo guia de turismo Francisco Azevedo (Kiko) destaca a preocupação do grupo com a atual situação ambiental da cidade. “Temos falado dos problemas ambientais existentes em Bonito. Eles são muitos e, conforme sempre frisamos, não se concentram somente na zona rural. Quando chove, não há paz nem no campo nem na cidade…O grupo Unidos Conservamos recebeu diversos relatos, fotografias e vídeos estarrecedores, expondo a fragilidade da situação urbana de Bonito, ressaltando a gravidade deste problema, que precisa ser encarado com urgência. O Poder Público precisa se movimentar, pois é dele a atribuição de realizar um replanejamento, algo duradouro, de longo prazo. Sabemos que a questão é antiga, mas de nada adianta apontar o dedo e responsabilizar administrações anteriores sem, por seu turno, tomar alguma providência efetiva. Infelizmente, é algo que demanda tempo e investimento pesado e é provável que o atual gestor, mesmo se começar a agir imediatamente, não colha os louros em 2020. No entanto, na situação em que nos encontramos, é certo que enfrentar de frente a realidade, com propostas e ações, é um dos mais importantes legados que esta gestão pode deixar…Conclamamos a população e o Poder Público de Bonito para se unirem nessa causa, refletir sobre a questão e fazer cada qual a sua parte, somando esforços no intuito de apresentar propostas efetivas e solucionar os problemas verificados…Bonito pede socorro. E não tem mais como adiar”.

Estância Mimosa – Rio Mimoso – o rio ficou um pouco mais escuro, mas ainda cristalino (Foto: Divulgação Grupo Unidos Conservamos)

As discussões sobre a necessidade de instituição de uma frente parlamentar tiveram início em abril, após repercussão de reportagens retratando a situação dos rios após as chuvas torrenciais. Segundo o texto, a Frente busca a atuação unificada em função de interesses comuns sobre o tema e será coordenada pelo propositor, deputado Lucas de Lima (SD) – presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa, deputado Lucas de Lima-  e composto pelos parlamentares: Antônio Vaz (PRB); Cabo Almi (PT); Capitão Contar (PSL); Coronel David (PSL); Eduardo Rocha (MDB); Evander Vendramini (PP); Gerson Claro (PP); João Henrique (PR); Marçal Filho (PSDB); Marcio Fernandes (MDB); Neno Razuk (PTB); Paulo Corrêa (PSDB); Pedro Kemp (PT); Professor Rinaldo (PSDB); e Renato Câmara (MDB).

Soja e a Cana-de-açúcar
A soja na Serra da Bodoquena está sendo encarada em algumas discussões, como a cana-de-açúcar no Pantanal. Na época a decisão de vetar o plantio da cana para preservar os rios foi do 53º Reunião Extraordinária do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), com base na resolução 001/1985. Conforme a elaboração do Zoneamento Agroecológico da Cana-de-Açúcar, o plantio ficou vetado nessa região, exceto no planalto pantaneiro, onde já existiam plantações há mais de uma década, mas que também foi limitado ao plantio direto, sem uso de máquinas ou agrotóxicos. Já na planície, ficou proibido qualquer tipo de plantio de cana-de-açúcar.  A intenção era diminuir erosões e o assoreamento dos rios. Decisão semelhante, segundo alguns ambientalistas, poderia ser tomada em relação a soja nas áreas de várzea na Serra da Bodoquena, porém ainda não há nada concreto com relação a isso.

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