A proteçãoo de crianças e adolescentes depende muito de políticas públicas. Mas é importante que o problema seja enfrentado pela sociedade como um todo, seja por meio da observaçào de sinais e por denúncias aos canais competentes.
Os últimos dados do Boletim Informativo do Governo de Mato Grosso do Sul mostram que entre 2019 e 2023 foram notificados 22.253 casos de violência; Destes,2.516 destes envolviam violência sexual (11,3%). De acordo com os números da pesquisa, 77,2% das notificações de violência sexual no Estado são contra crianças e adolescentes.
A residencia é o principal local das agressões, conforme o Boletim, com 74,7% dos casos computados. E o abuso, em grande parte, ocorre por pessoas do próprio núcleo familiar ou de convivência.
Sinais e denúncias
Crianças e adolescentes que sofrem violência costumam dar sinais, como mudanças de comportamento e alterações de humor (vergonha, medo, agressividade repentina, entre outros) e de hábitos, como sono e falta de atençào na escola. É importante também observar proximidades excesivas, já que abusadores usam da manipulação para manterem as violências.
Marcas no corpo, processo de infantilização ou mesmo erotização precoce são outros sinais que costumam apresentar as crianças e adolescentes vítimas de violência.
O Disque 100 é um canal da política dos direitos humanos e atende situações de violações que acabaram de ocorrer ou ainda em curso, acionando os órgãos competentes e possibilitando o flagrante. O serviço também recebe denúncias pelo aplicativo WhatsApp, no número (61) 99656-5008.
Os denunciantes podem enviar imagens, vídeos e documentos que reforcem a denúncia, por meio do aplicativo.
Em todas as plataformas, as denúncias são gratuitas, anônimas – com dados sigilosos – e recebem um número de protocolo para o denunciante poder acompanhar o andamento. Além disso, o serviço funciona diariamente, sem interrupção.
Saiba mais sobre violencia contra crianças e adolescentes na reportagem especial de Lilian Rech, de Dourados, para a Rede RIT e especialmente cedida ao Jornal da Educativa: