A Concha Acústica Helena Meirellles ganhou os contornos e o “jeitão” da artista que a batiza. Imagens em representação à violeira, os lambes forram o espaço cultural que passa por intensa transformação. Por dentro e por fora Dona Helena, que celebra 100 anos, é relembrada e homenageada.
Os lambes da Helena Meirelles são de autoria do artista visual Kelton Medeiros e fazem parte de um grande projeto financiado pelo Fundo de Investimentos Culturais da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul. Celebram não apenas a artista, mas também nossa identidade sul-mato-grossense.
O projeto começou nas ruas das grandes capitais do Brasil e chegou a figurar até fora do país: exposições de materiais de Helena Meirelles ilustraram espaços urbanos na Colômbia, Alemanha, Argentina. O amor de Kelton por Helena o fez reviver nas ruas a sua história, brotando novamente no coração das pessoas a admiração por nossa dama da Viola e gerando curiosidade e interesse daqueles que ainda não a conheciam.
“Esse projeto na Concha nasceu com esse mesmo sentimento, dar vida e rosto à Dona que batiza com o nome esse espaço, nossa eterna dama da viola”, explica o artista.
O projeto “Centenário Helena Meirelles – A Lenda da Viola” reúne ideias e conceitos aplicados há quase dez anos. Na casa de Dona Helena, a ideia partiu das gestoras, que conheceram o trabalho de Kelton nas ruas e decidiram procurar o artista para uma encomenda especial.
“Para nós é um grande presente poder fazer isso tudo, porque a gente foi atrás do material, fomos visitar, viajamos, fomos visitar um museu que leva o nome dela lá em Bataguassu e aí fizemos uma arrumação com o Bolivar Porto e ele nos ajudou muito lá na exposição no Museu da Imagem e do Som. E aqui, nossa parceria com o Kelton mais do que perfeita porque aqui leva o nome da Helena Meirelles e ficou perpetuado agora, porque as pessoas que gostam dela… infelizmente ela ainda não é muito conhecida”, resume Wanda Brito, coordenadora da Concha Acústica Helena Meirelles.
“A gente conversou, a princípio um pequeno trabalho, até que a gente conseguiu através de investimento cultural do FIC, da Fundação de Cultura do Governo de Mato Grosso do Sul, trazer o projeto que a gente faz nas ruas há quase dez anos para um local que a gente sempre quis fazer alguma coisa. Porque a Dona Helena para mim é a representação de uma estética que eu já faço há quase dez anos. É um prazer ter o apoio do FIC, da Fundação de Cultura e do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul”, avalia Kelton.
As homenagens se encerram nesta sexta-feira, às 16 horas, na Concha Acústica Helena Meirelles, com o III Festival da Canção das Escolas Estaduais (SED – MS) – Prêmio Helena Meirelles 100 Anos. A entrada é franca.
Com a colaboração de Karina Lima
Fotos: Fabiana Crepaldi