Diretor-presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Max Antonio Freitas retornou à antiga casa, onde iniciou sua trajetória como gestor público da área. E em entrevista nesta quinta-feira (2 de fevereiro) ao Rádio Livre, da Rádio FM 104,7 Educativa, conta o que a instituição prepara para o Estado nos próximos anos.
Carnaval pelo Estado
E a primeira missão é o Carnaval. Para ajudar na organização dos desfiles, o Governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura, disponibilizou R$ 1, 6 milhão para a promoção das duas maiores festas que acontecem em Mato Grosso do Sul.
Segundo Max, os desfiles das escolas de samba de Campo Grande serão realizados nos dias 20 e 21 de fevereiro, na Praça do Papa. Participam Unidos do Bairro Cruzeiro, Vila Carvalho, Herdeiros do Samba (abre o carnaval, mas não concorre), Cinderela, Deixa Falar, Igrejinha, Unidos do Aero Racho e Catedráticos do Samba. Haverá ainda programação diária com blocos independentes na Esplanada Ferroviária.
Já em Corumbá, considerado o maior Carnaval do Estado, os desfiles acontecem nos dias 19 e 20 de fevereiro. Porém, a cidade já vive a folia, com rodas de samba todo fim de semana na Generoso Ponce e apresentações de blocos independentes.
Festivais
A segunda meta da FCMS, segundo Max Freitas, é com relação às datas e curadoria dos festivais América do Sul e de Inverno de Bonito. A proposta é voltar às datas fixas, com antecipação que garanta produção mais caprichada e divulgação turística mais eficiente.
Max explicou que na última terça-feira uma equipe da Secretaria de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania esteve em Corumbá para colher propostas e definir a data do Festival, que agora se chamará apenas América do Sul: de 28 de abril a primeiro de maio deste ano. A justificativa é em razão da importância do período para o turismo e comércio, além do clima mais ameno na cidade.
As definições para o Festival de Inverno de Bonito devem ser divulgadas até o fim de fevereiro. A cidade também receberá o encontro para definir, junto com trabalhadores das áreas cultural, turística e de serviços, sua forma e conteúdo.
Circulação de projetos e retomada pós pandemia
Max Freitas ressaltou ainda que a Fundação de Cultura atua para minimizar os efeitos da pandemia de Covid-19 na produção artística e na carreira de milhares de trabalhadores da área. Segundo ele, desde o início dos casos, quando assumiu a Secretaria Municipal de Cultura, até agora, à frente da Fundação de Cultura do Estado, todos os projetos são pensados para as pessoas que se dedicam de corpo e alma e que ganham seu sustento de forma honesta com a arte.
Para isso, Max pretende fomentar a cultura – cujas ações estavam restritas apenas aos meios digitais durante a pandemia – com uma retomada vigorosa, garantindo a circulação da música, das artes cênicas, visuais e da literatura por todo Mato Grosso do Sul. Segundo ele, a cultura está em todo lugar. O papel dos gestores e da Fundação é garantir seu acesso pleno.
Restauro de equipamentos culturais
Durante a entrevista, o diretor da Fundação de Cultura garantiu ainda que as obras de restauro da Casa do Artesão e do Centro Cultural estão em fase final. Todo o processo é realizado respeitando as estruturas arquitetônicas de dois espaços que contam a história da Capital e também no nosso Estado.
A meta é entregar a Casa do Artesão até o fim de março.
Em seguida acontece a reinauguração do Centro Cultural, onde está inserido o Teatro Aracy Balananian.
Max Freitas afirmou que há em andamento na Fundação de Cultura plano conjunto de revitalização da Morada dos Baís. A proposta é ter os equipamentos culturais prontos e abertos ao público para dar início a um projeto novo: um passeio cujo percurso passe pelos principais pontos históricos do Centro de Campo Grande, explorando a arte nos equipamentos culturais e o turismo baseado na observação e na importância do conjunto arquitetônico único.
Confira a entrevista completa no Rádio Livre desta quinta-feira (2 de fevereiro):
Fotos: José Habyner