Em entrevista ao Jornal de Domingo, semanário publicado no último fim de semana, (15) em Campo Grande, o chefe da Casa Civil, secretário Sergio de Paula, avaliou o desempenho do Governo do Estado ante a crise financeira por qual sofre o país. Ciente de que algumas medidas amargas foram necessárias recentemente, o secretário ressaltou que todas as ações têm sido tomadas com “responsabilidade”, focando o desenvolvimento econômico do Estado.
“Precisamos tomar um remédio amargo agora, no final do ano, mas com muita responsabilidade. Logo na transição, reduzimos o número de secretarias no governo, diminuímos 20% dos cargos comissionados e cortamos em quase 25% os contratos com prestadores de serviço, já sabendo que iríamos enfrentar uma crise financeira tanto no Estado como no Brasil. Logicamente, a crise é maior do que imaginávamos”, disse.
O titular da pasta, responsável pela articulação política e institucional do Governo, ainda falou sobre o diálogo com a Assembleia Legislativa, redução da alíquota do diesel, uma das promessas de campanha cumpridas pelo governador Reinaldo Azambuja, e as ações de saúde desenvolvidas por meio da Caravana da Saúde.
“Na nossa campanha, Reinaldo disse que saúde estaria em primeiro lugar. Quando uma pesquisa aponta que mais de 80% da população quer saúde, não podemos fazer outra coisa e a Caravana da Saúde está aí para atender pessoas que estavam aguardando há anos. Já o nosso diálogo com a Assembleia sempre foi muito aberto e franco. Construímos uma base com deputados estaduais e foi fundamental para que conseguíssemos fechar o ano bem”, explicou ele.
“Dos 27 estados da federação nenhum fez o que o Reinaldo fez de ir à Assembleia entregar um projeto reduzindo a alíquota do diesel de 17% para 12%. Se averiguar os aumentos nos supérfluos e no ITCD, o governador fez algo no Estado que nenhum outro governador tinha feito: toda a taxação sobre patrimônio com custo de até R$ 50 mil dentro de Mato Grosso do Sul vai ser isenta. Isso beneficia mais de 60% da população do Estado”.
Questionado sobre que nota o governo merecia receber neste primeiro ano da atual gestão, o secretário ponderou o bom trabalho, mas lembrou que algumas medidas poderiam ter sido melhores e garantiu 7,5 como uma avaliação justa. Sergio de Paula ainda lembrou as promessas de campanha como o programa Obra Inacabada Zero que já está em andamento.
“Diria que 7,5. Deixamos algumas coisas a desejar e reconhecemos isso, mas para um primeiro ano, vejo como uma boa nota, justa. Melhoramos muito ao longo deste ano e vamos melhorar mais. Nós abrimos o diálogo no Governo e isso é um ponto positivo. Solicitamos aos municípios as prioridades de cada um e vamos trabalhar nisso ano que vem”, falou ele frisando a intenção de fazer um governo municipalista.
A íntegra da entrevista, realizada no gabinete da Casa Civil, está na última edição do Jornal de Domingo.