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25 de abril de 2024 - 02:40

Cepaer alerta técnicos e produtores sobre risco de virose do maracujá

Dentro da agricultura familiar, o cultivo de maracujá azedo está crescendo dia após dia, no Mato Grosso do Sul. Consciente deste cenário o Cepaer (Centro de Capacitação e Pesquisa) da Agraer – Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), alerta produtores rurais e técnicos de ATER (Assistência Técnica e Extensão Rural) sobre os riscos da virose que causa endurecimento dos frutos e, consequentemente, prejuízos na produção.

“Uma vez instalada a doença, os frutos produzidos não tem aspecto comercial, ficando deformados, pequenos ou duros, causando queda na produção e redução na vida econômica do pomar”, alerta a pesquisadora e engenheira agrônoma Olita Salati.

Recentemente, o problema foi identificado em uma propriedade rural situada a 40 quilômetros do município de Rochedo. “Na última segunda-feira fomos palestrar na região e observamos a presença do vírus em algumas plantas de uma pequena propriedade”, informa a pesquisadora.

A doença é causada por um vírus, de nome científico Cowpea aphid-borne mosaic virus- CABMV, que é transmitido por meio de pulgões das espécies: Aphis gossypii, Mysus persicae e Toxoptera citricidus

Como o cultivo de maracujá amarelo azedo (Passiflora edulis Sims f. flavicarpa Deneger) tem crescido em Mato Grosso do Sul, a pesquisadora alerta para os riscos dos produtores adquirem mudas da planta de outros Estados, sem o devido conhecimento da idoneidade dos viveiros. “Muitos agricultores compram mudas de caminhões que se instalam nas cidades. A compra sem o devido controle é perigosa à produção. O gasto em média é de 6 a 7 mil reais com a estrutura da plantação e adquirir mudas sem um controle é arriscado. A virose entra através da muda e pode-se não produzir nada”, pontua.

“O vírus entrou no Estado em 2010, conforme temos conhecimento. Contudo, como a cultura do maracujá está aumentando os riscos também são maiores do vírus se alastrar”, diz Olita.

A prevenção é a melhor dica para evitar a doença na lavoura. “Quando o produtor for comprar as mudas que seja de um viveirista idôneo. As mudas de bons viveiros são mais caras, pois os próprios viveiristas fazem testes nas plantas e cultivam as mudas em telas antiafídeos, pulgões. Tudo isso tem um reflexo no preço das mudas, mas há uma segurança maior”, destaca.

De acordo com dados da Cepaer, um levantamento feito em 2011 detectou o vírus em seis municípios do Estado, são eles: Anastácio, Antônio João, Bataguassu, Campo Grande, Dourados e Ponta Porã. Atualmente, o vírus também foi encontrado em Rochedo e Três Lagoas.

Em função da elevada eficiência de transmissão do vírus por pulgões, através de uma simples “picada” de prova do inseto nas folhagens, do maracujazeiro, a produção pode ser inviabilizada. “Cientificamente foi comprovado que esse vírus também pode ser transmitido durante as podas feitas com instrumentos de corte, seja tesoura, canivete e, inclusive, a unha. A boa notícia é que não é transmitido pelas sementes”, conta a pesquisadora da Cepaer. De acordo com dados da Cepaer, um levantamento feito em 2011 detectou o vírus em seis municípios do Estado, são eles: Anastácio, Antônio João, Bataguassu, Campo Grande, Dourados e Ponta Porã. Atualmente, o vírus também foi encontrado em Rochedo e Três Lagoas.

A disseminação da virose é muito rápida na plantação, podendo infectar todas as plantas em poucos meses. “Instituições de renome com a Esalque e o Instituto Biológico, do estado de São Paulo, estão com pesquisas em busca de cultivares resistentes. Por enquanto, não temos um defensivo a ser aplicado, porque ele mataria apenas o pulgão, mas a planta já estaria contaminada. Em caso de constatação da doença a recomendação é a erradicação da planta e a queima. Tem que eliminar a planta, pois em um ou dois meses a doença pode se alastrar para todo o plantio”.

O aumento do foco da doença influência, inclusive, no tabelamento dos preços dos maracujás que chegam às bancas das feiras e prateleiras dos supermercados. “São Paulo, Paraná, Espírito Santo e tantos outros estados estão sentindo essas mudanças em virtude do problema”, enfatiza Olita.

Para o controle da doença nas lavouras de maracujá, a orientação da Cepaer é seguir as medidas preventivas, abaixo:

– Uniformizar regionalmente as épocas de plantio em fevereiro ou agosto de cada ano agrícola;

– Fazer uso de mudas sadias, adquiridas somente de viveiros protegidos com tela antiafídeos e de viveiristas, registrados no MAPA, e situados distantes de áreas de plantio;

– Não adquirir mudas procedentes de regiões onde há ocorrência da doença;

– Eliminação de pomares abandonados e/ou velhos antes de um novo plantio;

– Realizar inspeção diária nos pomares e eliminar as plantas com sintomas da doença;

– Não plantar nas entrelinhas e nas adjacências do pomar plantas hospedeiras do vírus como feijão, amendoim, ervilha, soja, crotalária e mucuna. As duas últimas são plantas usadas como adubos verdes.

– Evitar espécies silvestres de maracujá;

– Caso o pomar esteja contaminado com o vírus no final da safra, eliminar todas as plantas e esperar 30 dias para receber novas mudas;

– Evitar podas com a unha e instrumentos de corte, quando há suspeita de doença no pomar;

– Manter as entrelinhas do pomar permanentemente vegetadas e roçadas (com gramíneas).

Texto: Aline Lira

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