Dados fornecidos pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública apontam para redução de quase 50% de crimes relacionados à violência doméstica, incluindo feminicídios em Mato Grosso do Sul.
Os relatórios estatísticos apontam registro de nove casos de feminicídios em todo o Estado entre 1º de janeiro a 31 de maio deste ano. No ano passado foram 18 crimes no mesmo período. Em Campo Grande também houve queda de 40% deste tipo de ocorrência nos primeiros cinco meses do ano, quando foram registrados três casos na Capital – em 2022 foram cinco.
De acordo com o Governo do Estado, o fortalecimento das políticas públicas voltadas as mulheres vítimas de violência doméstica, da rede de proteção e atendimento policial e a ampliação do acesso a informação contribuíram de forma decisiva para a redução de casos de violência de gênero.
Outro importante instrumento na prevenção de crimes contra as mulheres foi a implantação, no mês de março deste ano, do núcleo do Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) na Casa da Mulher Brasileira, garantindo agilidade na realização dos exames, mais conforto às vítimas e diminuindo os casos de desistência.
Garantir proteção às mulheres que possuem medidas protetivas, que em muitos casos inclui o afastamento do agressor e distância mínima das vítimas, é uma das funções do Promuse (Programa Mulher Segura) da PM (Polícia Militar). O contato pessoal da equipe de policiais militares com as vítimas, que incluí visita domiciliar além de ligações e mensagens, contribui para o sucesso do trabalho.
O programa atende em 18 municípios de Mato Grosso do Sul com monitoramento e proteção das mulheres em situação de violência doméstica e familiar. Os policiais militares capacitados realizam policiamento orientado com objetivo de promover o enfrentamento à violência doméstica contra mulheres, por meio de fiscalização de medidas protetivas de urgência, ações de prevenção, visitas técnicas, conversas com vítimas, familiares e até mesmo com os agressores, fazendo os encaminhamentos aos órgãos da rede de enfrentamento à violência contra as mulheres.
No caso de necessidade de chamado de socorro, a mulher deve acionar a PM pelo número 190. Quando uma mulher faz o chamado relativo a violência doméstica pelos canais disponibilizados, imediatamente as equipes atendem, independente de fazer parte do programa ou não. O Judiciário mantém projetos paralelos para os homens autores da violência doméstica e para que as mulheres entendam o que é violência doméstica.
Saiba mais sobre a queda de casos de violência de gênero em Mato Grosso do Sul na reportagem de Júlia Torrecilha ao Jornal da Educativa: