Os caminhoneiros e apoiadores do movimento nacional em Bonito também decidiram pelo fim da greve e fizeram uma carreta, por volta das 13 horas desta quarta-feira (30) acompanhando os dois caminhões tanques que estavam parados na MS-178, até os postos de combustíveis. Nos locais as filas para abastecer já se estendem por diversas quadras e há também um grande movimento de pessoas com galões nas mãos.
Conforme o proprietário de um dos postos, Kinho Soares, os valores permanecem os mesmo da semana passada e os motoristas poderão encher o tanque. “O tanque pode encher e em galões apenas 5 litros, porque tem muito turista na cidade, que já estão na fila há horas, que querem ir embora. Então não tem como você limitar, porque com 20 litros, as vezes a pessoa não consegue chegar ao destino”, explica.
Ainda segundo o empresário, há possibilidade de acabar o combustível na cidade novamente entre hoje e amanha, devido ao feriado nacional de Corpus Cristh. “Amanhã é feriado e eu liguei para o assessor da base hoje, das duas companhia, que eu tenho esse posto da BR e outro da Ipiranga e não tem combustível em Campo Grande. Para hoje, por exemplo, tinha para eu carregar para esse posto só 5 mil litros e a carreta é 45 mil litros. Então vai para Campo Grande hoje para tentar carregar, mas acredito que até sexta-feira (1) já está tudo normal. Então o turista que estava planejando vir para o feriado, pode vir que terá sim combustível para voltar para casa”, afirmou.
Até o fechamento deste texto chegaram na cidade dois caminhões de combustível, sendo para abastecer o Posto do Quinho (na rua das Flores) e um para abastecer o Posto Aroeira (na rua Pilad Rebuá).
Ações do Governo contribuem para o fim da greve dos caminhoneiros no MS
O diálogo com os caminhoneiros, setor produtivo e da área de combustíveis e as medidas adotadas pelo governador Reinaldo Azambuja foram fundamentais para o desbloqueio das rodovias em Mato Grosso do Sul. Em reuniões realizadas nesta terça e quarta-feira, foi fechado acordo para a redução da alíquota do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do diesel de 17% para 12%, desde que as rodovias fossem liberadas para o tráfego normal e assim restabelecer o abastecimento para que o consumidor seja beneficiado com a diminuição do preço na bomba.
“Mato Grosso do Sul fez o possível para distensionar essa situação, para que a população não fosse prejudicada não só com o desabastecimento mas também com o risco à vida por falta de insumos na área da saúde e, através do diálogo, conseguimos chegar a esse resultado que é bom para todos”, afirmou o governador após se reunir na manhã de hoje com representantes das distribuidoras de combustíveis, direção do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis e Lubrificantes (Sinpetro), presidente da OAB-MS, Mansur Karmouche, e superintendente do Procon Estadual, Marcelo Salomão.
Durante a reunião, distribuidores e revendedores de combustíveis assumiram o compromisso de que a redução da alíquota de ICMS vai gerar economia no bolso do consumidor final. “A gente espera, com essa medida, que haja um aumento no consumo e, assim, o Estado possa recompor a perda com essa redução da alíquota de ICMS, e também dar maior poder de competitividade as nossas empresas”, pontuou.
Para garantir que o preço do diesel seja barateado também para o consumidor, um grupo de trabalho formado por representantes do Sinpetro, distribuidoras de combustíveis, Secretaria de Estado de Fazenda, Procon Estadual e Comitê de Monitoramento da Crise vão acompanhar, por meio de verificação das notas fiscais, os valores pagos para as refinarias. O Comitê de Monitoramento foi criado por conta da greve dos caminhoneiros e é formado por representantes do governo estadual e de entidades do setor produtivo.
Com informações de Subcom
