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28 de março de 2024 - 10:39

Brinquedos pedagógicos feitos em penitenciária levam educação lúdica a crianças em Ceinf da Capital

Crianças do Centro de Educação Infantil (Ceinf) “Laura Rodrigues de Oliveira”, no Jardim Moema, na Capital, agora poderão se divertir e aprender com brinquedos pedagógicos produzidos pelas mãos de detentos da Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande. A entrega aos pequenos foi realizada nesta quinta-feira (30) em meio a muitos sorrisos e brincadeiras. O centro educacional atende atualmente 245 crianças, entre quatro meses e cinco anos.

Desenvolvido pela Agepen, por meio da direção do presídio e equipe de servidores, o projeto existe há aproximadamente dois anos.

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Desenvolvido pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), por meio da direção do presídio e equipe de servidores, o projeto “Educação Lúdica com Brinquedos Pedagógicos” existe há aproximadamente dois anos e já ajudou várias instituições sociais e de ensino. A iniciativa consiste em associar o trabalho filantrópico ao de reinserção de custodiados da Máxima, pois leva ocupação produtiva e novos valores pessoais aos detentos.

Dentro da penitenciária, os internos aprendem a transformar sobras de madeiras, que iriam para o lixo, em jogos educativos, carrinhos e demais brinquedos, que ajudam a incentivar o estudo nas séries iniciais e a despertar a atenção e os sentidos das crianças. Também são confeccionados brinquedos em crochê, outra atividade desenvolvida na unidade prisional.

“A criança aprende de maneira lúdica, brincando. E esses brinquedos pedagógicos serão de muito proveito aqui na nossa brinquedoteca”, garantiu a diretora do Ceinf, Doracy Alves Medino. Para a diretora, o fato de serem produzidos no presídio os torna ainda mais significativos. “A sensação da gente é que há esperança para essas pessoas que cometeram crimes, pois são capazes de fazer coisas tão bem feitas e com certeza sairão com uma profissão de lá”, disse, agradecendo também a administração da Agepen pela doação.

Menina atendida no Ceinf brinca com o presente doado pelo projeto.

De acordo com o diretor da Penitenciária de Segurança Máxima, João Bosco Correia, foram entregues cerca de 60 peças ao Ceinf do Jardim Moema. Além da beleza, explicou o dirigente, existe todo um cuidado quanto à funcionalidade e segurança dos brinquedos, já que não possuem peças pequenas e é tudo feito com cola, sem o uso de pregos ou materiais que possam machucar as crianças.

A entrega foi acompanhada pelo diretor presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, que classificou a iniciativa como “uma importante ação da instituição”. O diretor presidente destacou que a agência penitenciária, por meio das equipes de servidores, busca fomentar a ocupação prisional em prol de áreas sociais, em benefício da população. “Com esses trabalhos sociais levamos ocupação aos internos, e também os ajudam a ter novos valores, que contribuem para reinserção social e não reincidência no crime. É positivo para todos os lados, tanto para quem recebe, como para que doa”, afirmou.
Diretor presidente da Agepen durante entrega de brinquedos no Ceinf.

Muitas Ações

A exemplo da ação realizada na Máxima da Capital, são muitas as iniciativas desenvolvidas em presídios de Mato Grosso do Sul que impactam diretamente no bem-estar da população.

Em unidades prisionais de vários municípios são cultivadas hortaliças que são destinadas à população carente e a instituições. Em alguns presídios são produzidos pães servidos em creches e escolas. Há também montagem de cadeiras de rodas para serem distribuídas gratuitamente a quem precisa; sem falar na utilização de mão de obra de internos em reformas de prédios públicos, como delegacias, e de entidades sociais.

Um importante exemplo nesse sentido é o projeto “Pintando e Revitalizando a Educação com Liberdade”, no qual os detentos do regime semiaberto da Capital trabalham na reforma de escolas estaduais. O recurso utilizado para a compra dos materiais também vem dos reeducandos, provenientes do desconto de 10% do salário pago aos internos de Campo Grande que trabalham remunerados por meio de convênios. O dinheiro é depositado em uma conta do poder Judiciário, que destina a verba para esse tipo de obra, além de melhorias estruturais nos próprios presídios e na realização de cursos profissionalizantes.

Texto: Keila Oliveira – Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen)

Fotos: Jeremias Lima e Keila Oliveira

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