O Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul opera em duas frentes no combate aos focos de calor no Pantanal. Mantém uma equipe em Corumbá, com o apoio logístico de dois helicópteros da Marinha, e deslocou 12 militares par reforçar a força-tarefa montada em Mato Grosso para debelar grandes incêndios na região de Poconé. Esta operação também atua no combate aos focos de maior intensidade na Serra do Amolar, Norte de Corumbá.
Nesta cidade, que concentra mais de 60% da área do Pantanal em Mato Grosso do Sul, os bombeiros priorizam um grande incêndio que está ocorrendo na região da Nhecolândia, a 46 km em linha reta da Curva do Leque (MS-228/MS-184), para onde foram deslocados quatro militares e nove brigadistas do Ibama. A ação conta com o apoio de seis brigadistas voluntários das fazendas no entorno, as quais cederam maquinários para construção de aceiros.
Nhecolândia e Amolar
Na coordenação das operações em Corumbá, o tenente-coronel bombeiro Frededick Caldeira informou que o comando da corporação está enviando mais 11 bombeiros para a região a fim de reforçar o combate na Nhecolândia e outros pontos, como no entorno do Porto da Manga, distrito situado à margens do Rio Paraguai e distante 60 km da cidade pela MS-228 (Estrada-Parque). Ele informou que houve um revezamento de homens à frente do fogo.
No meio da semana, o CB/MS enviou 12 bombeiros para integrar a operação que foi montada na pousada SESC Pantanal, em Poconé (MT), com a tarefa de reforçar a equipe que está combatendo os focos de calor na Serra do Amolar. O deslocamento da operação para Mato Grosso é estratégico: reduz em 150 km em linha reta, em relação a Corumbá, a distância para se chegar ao Amolar, onde os incêndios ocorrem na margem esquerda do Rio Paraguai, em frente à serra.
“O fogo está nos cercando, na outra margem do rio, em frente ao Novos Dourados (RPPN), e temos agora o reforço dos peões e maquinários da Fazenda Palmital, onde 20 homens estão em ação do outro lado, no paredão da morraria”, informou Ângelo Rabelo, diretor do Instituto Homem Pantaneiro (IHP).
Texto: Sílvio de Andrade – Subcom