Em bloco temático de saúde do programa da Educativa 104.7 FM, ginecologista Ana Helena Sampaio alerta para cuidados e prevenção ao problema
Algumas mulheres, geralmente com o passar da idade –depois do parto ou com a aproximação da menopausa–, acabam convivendo com um incômodo capaz de gerar constrangimentos: a incontinência urinária. Embora seja até mesmo ignorado em seu início, trata-se de um problema sério, conforme advertiu a médica ginecologista Ana Helena Sampaio, no quadro Minuto da Saúde do Bom Dia Campo Grande desta quarta-feira (8).
Na Educativa 104.7 FM, ela respondeu a pergunta da ouvinte Ana Clara Fereira, que questionou se este é um problema normal. “Não é comum. É algo que acontece ao longo da vida, decorrente de esforço físico, da gravidez. De repente começa um incômodo com um exercício mais forçadinho. Tem de ser avaliado logo no começo para não ser um problema social para a pessoa”, destacou a ginecologista.
Ana Helena explicou que, embora não seja regra, há uma predisposição para o problema decorrente da gravidez. “A gravidez em si predispõe o quadro. O útero fica em cima da bexiga e a força para baixo. Quando termina o parto normal há mais esforço. Por isso é importante se preparar para o parto normal, fortalecendo a musculatura pélvica”, destacou.
O problema também pode ser influenciado pela menopausa, devido à perda de colágeno e de hormônios como o estrogênio, que causa flacidez da musculatura. “A reposição hormonal é importante para ajudar na sustentação”, afirmou ao ginecologista, segundo quem a prevenção é a melhor alternativa para enfrentar o problema.
“Existem vários tratamentos à disposição, mas gosto muito da prevenção, por meio do exercício pélvico. Da mesma forma que se malha os músculos tem de exercitar. Com contraçoeszinhas, prende, conta até dez e solta, repetindo algumas vezes ao dia. Quando se vai à academia faça um preparo de retenção, contraindo a região ao pegar peso”, sugeriu Ana Helena, que recomendou cuidados também durante a menopausa.
Caso o problema já exista, ela afirma que há atualmente procedimentos que se valem de laser e radiofrequência em consultórios “sem corte e sem dor” que ajudam a devolver a sustentação, porém, em casos avançados, pode ser necessária cirurgia que envolve a colocação de uma tela que devolve, até em mulheres idosas, o controle sobre a bexiga.
Sintonize – Com produção de Alisson Ishy e Rose Rodrigues e apresentação de Maristela Cantadori e Anderson Barão, o Bom Dia Campo Grande permite aos ouvintes começar o dia sempre bem informados por meio de um noticiário completo, blocos temáticos e entrevistas sobre assuntos variados. O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 7h às 8h30, na Educativa 104.7 FM e pelo Portal da Educativa.
