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25 de abril de 2024 - 18:21

Bom Dia Campo Grande: capitão BM alerta para influência das redes sociais em casos de suicídio entre adolescentes

Em entrevista à Educativa 104.7 FM, Edilson Reis, coordenador do Programa de Conscientização e Combate ao Suicídio, defendeu o diálogo familiar e o “não, mas com amor” como meios de estabelecer limites de exposição a crianças e jovens

Capitão BM Edilson Reis falou ao Bom Dia Campo Grande sobre ações de prevenção ao suicídio no ambiente familiar. (Foto: CBMMS/Reprodução)
Capitão BM Edilson Reis falou ao Bom Dia Campo Grande sobre ações de prevenção ao suicídio no ambiente familiar. (Foto: CBMMS/Reprodução)

Um quadro infelizmente comum entre idosos acima de 65 anos começa a se tornar recorrente entre adolescentes e jovens: a tendência ao suicídio, motivada por fatores como abandono e solidão. O alerta partiu do capitão do Corpo de Bombeiros Edilson Reis, que lidera o Programa de Conscientização e Combate ao Suicídio realizado na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), que vê no acesso cada vez maior às redes sociais o combustível para tal comportamento.

Reis falou sobre o tema em entrevista a Anderson Barão e Lívia Machado no programa Bom Dia Campo Grande, que foi ao ar na manhã desta terça-feira (15) pela Educativa 104.7 FM. No curso, o capitão BM esclarece métodos e divulga formas de prevenção ao suicídio, alicerçadas na conscientização e informação da sociedade. Ele defende um maior diálogo entre pais e responsáveis e os filhos, que envolva o uso do “não, mas com amor” para preservar a família.

Segundo Reis, os mesmos problemas sentidos com cada vez mais intensidade no Brasil ocorrem em países da Europa ou nos Estados Unidos. “Sintomas que encontrávamos em idosos acima de 65 anos, a solidão e o abandono, hoje encontramos em crianças e adolescentes. E não estamos preparados para enfrentar essa situação”, afirmou, defendendo mais pesquisas na área de saúde mental.

Neste campo, porém, ele atribui ao uso das redes sociais o aumento dessas tendências comportamentais, mais frequente entre as meninas. “Elas tem intenção maior no chamado da autoexposição da beleza e aceitação da figura externa, principalmente quanto ao rosto”, explica. “Conversando com outras pessoas sentimos a situação de dor e angústia, que sentem infelizes, feias, acham a colega mais bonita. Mas se perguntar para essa mesma colega ela vai falar que outra amiga é mais bonita”, afirma.

Tal fato, afirma ele, gera uma insatisfação por se sentir feia, rejeitada, que pode levar ao suicídio. “Muitos suicídios envolvendo crianças e adolescentes não têm a ver com transtornos mentais, e sim com a aceitação social da beleza externa”, sustentou Reis.

A situação se agrava diante do acesso livre às redes sociais pelos menores, que também abrem caminho para outros perigos, como à exposição a pedófilos –o que rendeu outro alerta de Reis, já que há um consenso errôneo na sociedade de que apenas homens assediam crianças, sendo que muitas mulheres se aproximam de meninos e meninas também com intenções de cometerem crimes sexuais. “O pedófilo é um caçador. Uma criança carente que quer elogio, obviamente vai receber essa atenção”, ilustrou.

Nesse sentido, a presença dos pais pode ser um diferencial, contudo, o capitão BM afirma que muitos jovens perderam o referencial por questões como desestruturação familiar, violência doméstica e uso de drogas, levando à ausência de uma imagem positiva. “Sem esse modelo, a criança começa a criticar o pai. Até que ponto o pai terá autoridade para disciplinar, de falar ‘não’?”, questionou, frisando que essa proibição tem um caráter pedagógico.

“As crianças, hoje, acabam não tendo frustrações. Elas têm de se frustrar, mas com amor, para entenderem que há limites”.

Hormônios e medicamentos

Outro campo mereceu atenção do coordenador do curso: o uso de medicamentos. No caso das meninas e até de meninos –muitas vezes para tentar combater problemas de pele–, o uso de anticoncepcionais de forma cada vez mais precoce podem desencadear transtornos de humor, ansiedade, agressividade e casos de depressão. “Muitas vezes tomam sem o conhecimento dos pais”, afirma Reis.

“Há adolescentes que tomam medicamentos contra o câncer de próstata para não terem pelos no corpo e terem um rosto mais limpo. Mas isso dá alteração hormonal, chega ao Sistema Nervoso Central e causa depressão, uma doença progressiva, sistêmica e mortal”, adverte.

Reis sustentou a necessidade de diálogo “franco e fraterno, com amor, sem agressividade”. “As pessoas estão sem tolerância com os filhos e os filhos sem tolerância com os pais”.

Ao final da entrevista, o capitão deixou dois últimos recados: os pais precisam descobrir quantos chips de celular os filhos têm –já que alguns usam outras linhas para buscar contatos que os pais desconheçam– para “falar com todo mundo”; e é preciso atenção com o uso desenfreado do narguilé, “porta de entrada para outras drogas” e que não tem um controle efetivo das autoridades de saúde, que no futuro desencadeará uma série de problemas como hipertensão, trombose e câncer na garganta e pulmão. “O narguilé é uma bomba e deveria ser proibido”.

Sintonize – Com produção de Rose Rodrigues e Lívia Machado, que apresenta o programa ao lado de Anderson Barão, o Bom Dia Campo Grande traz informações e dicas para o seu cotidiano além de entrevistas sobre temas importantes para a Capital e Mato Grosso do Sul. O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 7h às 8h, na Educativa 104.7 FM e pelo Portal da Educativa (pela aba Ouça a Rádio).

O ouvinte pode participar do programa enviando sugestões, críticas e perguntas pelo WhatsApp 9(67) 9333-1047, ou pelo email bomdiacampogrande2018@gmail.com.

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