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23 de abril de 2024 - 17:11

Bom Dia Campo Grande: Câmara discute transformação de antigo hotel em moradias populares

Reportagem da Educativa 104.7 FM acompanhou debates sobre polêmico projeto que envolve transformação do Hotel Campo Grande em um residencial
Enéas Netto falou à Câmara Municipal sobre projeto que pretende converter o Hotel Campo Grande em um residencial popular. (Foto: CMCG/Divulgação)
Enéas Netto falou à Câmara Municipal sobre projeto que pretende converter o Hotel Campo Grande em um residencial popular. (Foto: CMCG/Divulgação)

O polêmico projeto que prevê a transformação do Hotel Campo Grande em um condomínio de apartamentos popular foi tema de debates na Câmara Municipal da Capital nesta terça-feira (3). A equipe do Bom Dia Campo Grande acompanhou a exposição feita pelo diretor-presidente da Emha (Agência Municipal de Habitação), Enéas Netto, que visou a explicar a proposta que, se avançar, será custeada com recursos do Retrofit, um programa federal voltado exclusivamente para a reforma de imóveis e sua destinação para programas habitacionais.

Segundo relatou no programa a jornalista Daniela Benante, da Educativa 104.7 FM, Enéas Netto deixou claro que o projeto está em estudo há dois anos, não havendo até aqui nenhuma confirmação de que, de fato, será providenciada a aquisição e reforma do prédio do hotel –localizado na área central de Campo Grande e que, há cerca de 20 anos, tem a maior parte de sua estrutura inutilizada. “O que tem é que o prefeito quer aproveitar um recurso federal carimbado”, afirmou ela.

A polêmica, conforme a jornalista, está na dúvida sobre a aquisição de um imóvel abandonado há muito tempo e que demandará intensas reformas para sua conversão em imóveis populares –estima-se que serão 117 apartamentos, em valores que geram dúvidas: enquanto a Emha estima em R$ 127 mil o custo da unidade habitacional, abatendo-se daí valores como saneamento, pavimentação e drenagem (já existentes na região central), vereadores falam em um custo de R$ 388 mil por apartamento, montante rechaçado por Enéas.

“As pessoas têm de ter onde morar, com qualidade de vida. Ali temos quartos com banheiros. Como será a reforma? Terá qualidade de vida?”, questionou o vereador André Salineiro, um dos críticos à proposta. “Sou a favor do projeto de se criar mais moradias populares, temos um déficit a ser corrigido, levando estrutura e usando vazios urbanos que precisam ser ocupados. Mas fica a preocupação sobre o valor desse projeto: temos aí conjuntos habitacionais com valor em torno de R$ 70 mil por moradia, e uma conta grossa que fizemos da forma como apresentaram diz que cada moradia sairia em torno de R$ 388 mil”.

A conta foi contestada pelo diretor-presidente da Emha, que reforçou a existência de infraestrutura urbana no Centro que baratearia o empreendimento. Ao todo, seriam investidos R$ 36 milhões no projeto, entre desapropriação (R$ 13 milhões) e reformas (R$ 23 milhões)

Localizado no Centro, Hotel Campo Grande se tornaria um conjunto habitacional de 117 apartamentos ao custo de R$ 36 milhões. (Foto: PMCG/Divulgação)
Localizado no Centro, Hotel Campo Grande se tornaria um conjunto habitacional de 117 apartamentos ao custo de R$ 36 milhões. (Foto: PMCG/Divulgação)

Já o também vereador Vinicius Siqueira afirmou que os herdeiros do Hotel Campo Grande também teriam dívidas com o município e que, neste caso, poderia ser mais vantajoso executar os débitos e mandar o imóvel para leilão.

“O município poderia executar, pegar o dinheiro do leilão e comprar imóveis populares a R$ 50 mil em locais mais baratos, onde temos terrenos municipais. Mas preferiu comprar um prédio caro, com problemas de encanamento, fiação elétrica e falta de estacionamento e fazer moradia a quase R$ 400 mil”, argumentou o vereador.

Enéas Netto afirmou que a prefeitura levará o projeto até o fim por ele se valer de recursos federais que não podem ser destinados a outro setor, ajudando ainda a reocupar a área central de Campo Grande.

“A política desse programa se pauta por diretrizes de usar vazios urbanos e edificações subutilizadas ou pouco utilizadas. É um sistema inclusivo, novo modelo para a cidade. O estudo para definir o local foi feito por dois anos”, afirmou o diretor-presidente da Emha, segundo destacou a assessoria da Câmara Municipal. “Não foi colocado o custo do terreno, da contrapartida, dos equipamentos comunitários. Estamos desvirtuando o que pode ser feito de forma benéfica, de mudança de cultura”, prosseguiu, rebatendo argumentos sobre as despesas com o projeto.

Sintonize – Com produção de Rose Rodrigues e Alisson Ishy e apresentação de Maristela Cantadori e Anderson Barão, o Bom Dia Campo Grande permite a você começar o seu dia sempre bem informado, por meio de um noticiário completo, blocos temáticos e entrevistas sobre assuntos variados. O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 7h às 8h30, na Educativa 104.7 FM e pelo Portal da Educativa.  Os ouvintes podem participar enviando perguntas, sugestões e comentários pelo WhatsApp (67) 99333-1047 ou pelo e-mail reporter104fm@gmail.com.

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