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25 de abril de 2024 - 06:05

Bloco Frei Mariano chispa o azar e agita o carnaval de Corumbá neste sábado

Corumbá (MS) – Fundado para desmistificar a lenda do religioso italiano que teria rogado praga sobre a cidade, que o chamou de caloteiro por não pagar o relógio da Matriz de Nossa Senhora da Candelária, que construiu em 1885, o Bloco Sandálias de Frei Mariano sacudiu Corumbá neste sábado desde a sua concentração, iniciada às 10h.

Os foliões – corumbaenses e muitos turistas – se reuniram justamente na rua que leva o nome do religioso e às 15h saíram sambando pelo centro até a Avenida General Rondon, a passarela do samba. O bloco, tradicionalmente, sabia às quartas-feiras, abrindo a folia, mas a nova programação agradou principalmente por estender a concentração por quase cinco horas e ao lado de uma rede de bares.

Centenas de pessoas saíram no “Frei Mariano” sem dar importância ao que falam do polêmico religioso que se julgou herói da Guerra do Paraguai. Foto: Sílvio Andrade

Chispando o azar e devolvendo a “praga” ao polêmico frei, que foi torturado na Guerra do Paraguai e se julgou herói, o bloco sintetiza a irreverência do carnaval corumbaense, razão pela qual se identificou com a cidade e ganhou centenas de seguidores. Organizado pela prefeitura, o bloco foi criado pela ex-presidente da Fundação de Cultura, a ativista Helô Urt, em 2006, num momento de resgate da autoestima do corumbaense.

A música que embala o bloco fala da suposta maldição do frei em tom de deboche, mas a lenda persiste por mais de um século. A letra diz: “A turma do diz que me diz que/Diz que Frei Mariano/Enterrou suas sandálias/E azarou Corumbá – vôte!/Mas como praga de urubu/Não mata cavalo/As sandálias de Frei Mariano/É carta fora do baralho/Fora com o chulé do padre!/Fora com o azar!/Hoje eu quero é folia/Hoje eu quero rosetar”.

Escolas de samba

Neste sábado, a programação do carnaval corumbaense, que tem o apoio do Governo do Estado, começou logo cedo com roda de samba no Porto Geral, e no final da tarde teve folia no distrito de Albuquerque, distante 70 km da cidade, com Ramão Terra e Banda. O desfile dos 11 blocos oficiais começa às 19h, na passarela do samba. O show da banda Chiclete dom Banana, na concentração do bloco Afoga o Ganso, será iniciado às 23h.

Bloco do Cibalena reuniu mais de 25 mil pessoas, segundo a organização do carnaval. Foto: Prefeitura de Corumbá

A folia no domingo será aberta com o cortejo da corte de momo percorrendo a Feira Central, a partir das 10h, e em seguida roda de samba no Porto Geral. A programação inclui baile infantil, às 17h, na Praça da Independência, centro da cidade. A domingueira é dia de desfile das escolas de samba do Grupo B, iniciando-se às 19h, pela ordem: Unidos da Major Gama, Caprichosos de Corumbá, Acadêmicos do Pantanal, Estação Primeira e Imperatriz.

Cibalena arrasou

Acompanhado por um trio elétrico e uma banda que só toca marchinhas, o bloco de sujos Cibalena, fundado em 1978, aos poucos transformou a rua Cuiabá e seu entorno em um ‘mar’ de pessoas criativas e irreverentes. Isso porque ao inverter os papéis, ou seja, mulher se vestir de homem e homem de mulher, surgiram os mais engraçados personagens, desde desenhos animados até celebridades. O bloco desfilou na noite de sábado.

Conforme informações da Agência Municipal de Segurança, 25 mil pessoas compartilharam a emoção de desfilar no Cibalena, conhecido em todo o estado e apreciado carinhosamente pelos foliões. “Viemos de Campo Grande hoje cedinho para podermos chegar a tempo aqui. O Cibalena é uma tradição na cidade, e nós fizemos questão de partilhar dessa alegria com o povo de Corumbá que é muito alegre e hospitaleiro”, afirmou o visitante, Gustavo Moura.

Sílvio Andrade – Subcom

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