As bicicletas elétricas e os ciclomotores estão cada vez mais caindo no gosto dos condutores e dividindo espaço com os carros e as motocicletas no trânsito brasileiro. A nova resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) para o uso de bicicletas elétricas, ciclomotores e autopropelidos entrou em vigor no dia 3 de julho e traz as definições para os veículos de transporte motorizados de duas ou três rodas que atingem até 50km/h. O Tá na Rua desta semana aborda as novas regras de circulação destes meios de transporte.
A nova regulamentação ampliou a velocidade máxima permitida dos veículos autopropelidos e das bikes elétricas, que podem chegar até 32km/h, enquanto os ciclomotores podem atingir até os 50km/h. Além disso, os proprietários de ciclomotores têm até 31 de dezembro de 2025 para fazer o emplacamento e regularizar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), enquanto os novos proprietários que desejam comprar um ciclomotor devem tirar a CNH imediatamente.
O diretor de uma concessionária de veículos elétricos de Campo Grande, Luciano Pombiano, notou a crescente procura por este tipo de veículo na capital, com maior potência e durabilidade da bateria e conta que já prepara a expansão do negócio para o interior. “Nós percebemos que as pessoas compram tanto para lazer, quanto para ser o veículo principal da família porque traz muita economia”.
“Ele paga a parcela do veículo com a economia que o veículo está trazendo”
Os ciclomotores devem circular nas ruas, desde que o veículo esteja regularizado e os condutores possuam CNH da categoria A ou ACC. O Secretário Nacional de Trânsito, Adrualdo Catão, explica que os veículos devem possuir os requisitos necessários para emplacamento e serem registrados junto ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran) da região do condutor. “É um benefício também para os proprietários de bicicletas elétricas, que agora tem com clareza a distinção entre aquilo que é bicicleta elétrica e aquilo que é ciclomotor”.
As bicicletas elétricas não precisam de emplacamento e nem de CNH, e devem ser conduzidas em ciclovias ou ciclofaixas, respeitando o limite de velocidade dos municípios, que em Campo Grande é de 20km/h. Além disso, é obrigatório que as bikes elétricas tenham indicador de velocidade, campainha, sinalização noturna dianteira, espelho retrovisor do lado esquerdo e pneus em condições de segurança.
O vice-presidente da Associação Brasileira de Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), Fernando Rocha, conta que as vendas de bicicletas elétricas têm crescendo ano após ano, representando mais de 20% das vendas totais de bicicletas. “Esse crescimento continuará nos próximos anos, assim como mundo afora. As bicicletas elétricas vêm para ficar e realmente será um meio de transporte utilizado no mundo inteiro, aqui no Brasil não será diferente”.
Confira tudo no Tá na Rua desta semana:
O programa Tá na Rua vai ao ar no canal 4.1 toda quarta-feira, às 21h30, com reexibição aos sábados, às 13h15, com apresentação de Priscila Trauer e Marie Santana.