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15 de outubro de 2024 - 02:36

Ataques de abelhas podem ser evitados com cuidados, alertam Bombeiros

Apesar de serem comuns durante todo o ano, os ataques de abelhas crescem consideravelmente entre as estações da primavera e verão, já que esses insetos ficam mais agitados e agressivos com o calor. Nesta semana, um idoso de 70 anos foi vítima de um enxame em uma praça, em Três Lagoas, mas foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e passa bem. Para evitar esses acidentes, a Corporação dá dicas importantes.

A preocupação com enxame ou colmeia de abelhas não é em vão, já que em caso de ataque desses insetos, dependendo da quantidade de picadas, a vítima pode morrer, em especial os alérgicos. A primeira orientação do Corpo de Bombeiros é que a unidade militar seja acionada e que todos mantenham distância do local onde o enxame ou mesmo a colmeia tenham sido vistos.

“Seja em um enxame, com abelhas migratórias (em deslocamento), ou em uma colmeia (abrigo construído em um local fixo), a primeira dica de segurança é se afastar do local e acionar o Corpo de Bombeiros. Nós fazemos a vistoria e o extermínio do inseto. Em muitos casos, apicultores são chamados para realizar a retiradas das abelhas e levá-las para um local apropriado na natureza”, explicou o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, Antonio Cezar Pereira.

Porém, quando ocorre um ataque de abelhas, a recomendação é clara: corra. “Fugi, correr e se afastar o mais rápido possível do local da colmeia porque esse tipo de inseto quer proteger a colmeia que, para eles, está sob ataque. Algumas pessoas acham que devem agachar, mas isso não é recomendado”, ressaltou.

Resgate de cachorro atacado por abelhas

Alérgicos

A ferroada das abelhas pode se tornar altamente perigosa quando atinge organismos sensíveis ao veneno, podendo causar a anafilaxia – também chamada de choque anafilático-, uma reação alérgica aguda que pode ser fatal, causando dificuldade para respirar, sensação de garganta fechada, inchaço na boca, língua, entre outros sintomas. É importante ressaltar que a alergia, seja ela alimentar ou de picada de insetos, pode ser desenvolvida. Ou seja, mesmo para quem já sofreu picadas, mas não teve reações, a imunidade não é algo garantido.

“Por isso ficar atento aos sintomas é fundamental. Para os alérgicos, que já sabem desta condição, evitar o agravamento da picada é mais fácil porque geralmente já possuem a orientação médica do que tomar, que pode ser desde uma adrenalina injetável até um anti-histamínico. Para os demais, os sintomas serão o indicativo de que não há nada com o que se preocupar ou se é necessário buscar atendimento médico”, explicou Karyston.

Com exceção dos alérgicos, as reações em caso de picada – muitas ou poucas ferroadas-, sempre depende do organismo de cada um. “Para uma criança, cinco picadas podem ser mais preocupantes e talvez seja importante levar até a uma unidade de saúde para acompanhar a evolução do veneno na corrente sanguínea. Já para um adulto, pode ser que estas mesmo cinco picadas não sejam um grande problema, com exceção da dor”, avaliou Karyston.

“Para a picada de abelha não existe antídoto e a ida até um hospital precisa ser avaliada, frisando que me refiro aos não alérgicos.  É necessário avaliar a quantidade de ferroadas, se é adulto ou criança e ficar atento aos sintomas. Também é importante procurar a unidade de saúde quando ficam muitos ferrões da abelha na pele, porque eles devem ser retirados de forma correta.  Se houver uma grande quantidade de picadas, início de falta de ar ou muita dor, é de extrema importância procurar atendimento médico para que a vítima seja monitorada evitando reações alérgicas mais críticas ou sintomas mais graves”.

Luciana Brazil, Sejusp

Foto: Divulgação/ Corpo de Bombeiros

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