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29 de março de 2024 - 05:59

Agrônomo de Bonito diz ser possível coexistência pacífica entre produção rural e preservação ambiental

Morador de Bonito há 15 anos, Paulo Sérgio Gimenes realiza vários projetos contra o turvamento dos rios da cidade e acredita na conscientização

Conhecido em Bonito por realizar vários trabalhos de preservação ao meio ambiente em Bonito, o engenheiro agrônomo e servidor público da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), Paulo Sérgio Gimenes acredita que o agronegócio e a agricultura podem andar lado a lado com a preservação ambiental se o trabalho for realizado de forma consciente.

Morando na Capital do Ecoturismo há quase 15 anos, Paulo já colocou em prática dezenas de projetos contra o turvamento dos rios da cidade. O engenheiro agrônomo ressalta que com a união do Governo do Estado, Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Ministério Público , Sindicato Rural, Prefeitura Municipal de Bonito, Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Instituições de Ensino, IDB (Instituto de Desenvolvimento de Bonito) e empresários da região, ele já conseguiu realizar vários trabalhos no município, mas adianta que ainda possui muito serviço pela frente.

“Juntamente com vários órgãos, realizamos um trabalho de conservação de solo e água. Inicialmente ele é focado na produção agrícola e pecuária trabalhando a fertilidade do solo e preservação ambiental e assim combate aos turvamentos dos rios. Pensamos na conservação do solo para que o produtor rural não tenha danos econômicos. A gente associa a produtividade com a preservação ambiental’’, explica Paulo.

Quando Paulo se mudou para Bonito, ele percebeu que as águas dos rios estavam turvando e começou a realizar um estudo na região. O engenheiro notou que vários fatores causavam a turvação, entre elas estava as ruas, estradas e algumas áreas produtivas.

“A não utilização de técnicas de conservação do solo e da água adequadas à região causavam a maioria dos turvamentos dos rios da cidade. Começamos a identificar os locais, passamos a manter um diálogo com os donos das propriedades e entidades parceiras. Quando a gente chega para conversar com os proprietários, nós estudamos o problema existente na propriedade e apresentamos a solução. Buscamos nas parcerias a melhor forma de executar os trabalhos”.

Paulo costuma dizer que possui três papéis: identificar o agente causador, criar uma proposta para solucionar o problema e executar a proposta. A conservação do solo e água é algo que ajuda a todos, não suja os rios e os donos das propriedades também lucram já que sem o trabalho realizado e juntamente com a chuva, eles acabavam perdendo grande parte de uma plantação, ou de um pasto, por exemplo.

“Quando chove forte, o solo sem o trabalho de conservação não consegue absorver a água que acaba levando tudo pela frente, destruindo plantações, pastos e chega até nos rios. Em Bonito realizamos o trabalho em estradas e nas propriedades particulares também. Fazemos projetos de microbacias, para barrar a água ou diminuir a velocidade e assim, defender os rios”.

O engenheiro agrônomo citou uma propriedade a qual ele realizou um desses projetos. A chácara, localizada a aproximadamente sete quilômetros de Bonito era uma área com baixa produtividade que causava turvamento em um dos rios. Para barrar o problema, na estrada, foram realizadas lombadas com caixas de infiltração, além de diversas curvas de nível na pastagem. Todo trabalho foi feito para barrar a água e ter mais infiltração. Hoje, a propriedade dobrou a produtividade pecuária e as águas das chuvas quando chega no rio é cristalina.

“Cada propriedade é uma proposta diferente, o local precisa ser estudado. São várias técnicas diferentes. Bonito é uma cidade rural de características únicas na questão ambiental de solos, os grandes geradores de emprego, os passeios ficam na área rural, precisamos trabalhar lado a lado em defesa do meio ambiente. Não posso ter uma visão focada só na agropecuária e na agricultura, mas sim no meio ambiente e no turismo também”, finalizou Paulo.

(Fonte: Anna Gomes/Bonito Informa / Fotos: Divulgação))

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