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9 de dezembro de 2024 - 08:51

Agência canadense destaca Bonito entre os sete destinos mundiais com boa acessibilidade

A Capital do Ecoturismo de Mato Grosso do Sul conquistou mais um reconhecimento importante no cenário internacional. Nesta semana diversos canais online replicaram a reportagem da agência Eta Canadá sobre os sete destinos bem preparados e com opções de turismo acessível aos viajantes com algum tipo de deficiência física ou mobilidade reduzida. Bonito foi a única cidade brasileira na lista.

A reportagem destaca as opções de lazer que incluem essas pessoas, como algumas práticas de rapel, rafting e flutuação em rios e também a infraestrutura local, como o piso tátil, calçadas largas e antiderrapentes, rampas e faixas sinalizadas, que ajudam na circulação de cadeirantes e deficientes visuais.

Bianca, tetraplégica desde 2012 devido a um acidente de carro, experimentou a sensação de entrar num rio após sua lesão. Passeio foi feito no Aquário Natural de Bonito. Texto publicado em janeiro de 2015 (Informações e foto do site Acessibilidade na Prática)

Na lista também estão as cidades de Montreal – Canadá; Dublin – Irlanda; Stratford-Upon-Avon, Inglaterra; Barcelona – Espanha; Berlim – Alemanha E Nova York -Estados Unidos.

A Eta Canadá é uma agência online que fornece assistência para obter a Autorização Eletrônica de Viagem eTA requisitada para entrar no país. Ela também conta com um blog, onde são compartilhadas reportagens turísticas do Canadá e de destinos que são destaques no cenário internacional.

Bonito é para todos

Uma reportagem da agência local, Sucuri Viagens e Turismo, também destaca alguns dos atrativos habilitados para receber pessoas com mobilidade reduzida. No texto, é ressaltado que, como os passeios são de aventura, não seria correto falar em acessibilidade total, pois vários fatores interferem na projeção de um local 100% acessível, desde a geografia do lugar, até a impacto ambiental. “Alguns não comportariam rampas em todas as trilhas sem ajuda de elevadores e isso requer energia elétrica e alto investimento, além de um impacto radical na natureza”.

Mas segundo o texto, nada disso é empecilho para quem tem dificuldade de locomoção, porque o que o município tem de sobra é gente muito disposta a ajudar nas conquista e no desejo de conhecer e experimentar o melhor da natureza e ultrapassando os limites. Veja a descrição de acesso para cada passeio:

FLUTUAÇÕES

(Foto: Site Acessibilidade na Prática)

O Aquário Natural é uma excelente sugestão porque o receptivo é plano e com fácil acesso, e antes de fazer a flutuação há um treinamento na piscina para adaptação ao equipamento (roupa de neoprene, snorkel e máscara) e depois disso o transporte leva o visitante diretamente até a nascente que tem acesso por estrada facilitando todos com dificuldade de locomoção.

Após observar a beleza cênica da nascente, é só cair na água e deixar a corrente te levar. Na volta, o visitante ganha a vantagem de vir de barco, refazendo o passeio agora visto de cima até que chegue novamente ao ponto de partida.

Além disso, o Rio Sucuri também têm acesso por carro até o ponto inicial da flutuação. E o Rio da Prata, o mais selvagem dos passeios de flutuação, também tem acesso por carro e necessita muita disposição; neste passeio é necessário que você tenha um guia itinerante exclusivo.

CACHOEIRAS

(Foto: Site Acessibilidade na Prática)

No Parque das Cachoeiras há trilhas em rampa, e a primeira cachoeira fica pertinho mas é inevitável passar por alguns degraus para chegar até as cachoeiras e deixar a água cair sobre seu corpo.

Já no atrativo Boca da Onça, o acesso chega perto da cachoeira uma camioneta 4×4 da fazenda e, a partir daí, necessitará de mais ajuda. Mas  é uma oportunidade única conhecer a maior cachoeira do MS.

RAPEL

O Abismo Anhumas é o maior desafio em Bonito, mas já desceram muitos cadeirantes. O Abismo tem uma equipe ávida por desafios e, se desejar fazer esta aventura, poderemos verificar a possibilidade reservando com antecedência.

O Boca da Onça, citado anteriormente, também tem a opção de rapel, em uma descida de 90 metros, onde a paisagem é linda e vale muito a pena.

É lei:

A Lei Estadual nº 4.708, de 1º de setembro de 2015 estabelece que: ‘Entre os requisitos para a criação de estâncias de qualquer natureza, estão a coleta de resíduos sólidos, rede de tratamento de esgoto, rede hoteleira, complexos turísticos públicos ou privados, além da garantia de acessibilidade das pessoas com deficiência em áreas de lazer e hotéis”.

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