Faleceu na manhã desta terça-feira (22 de novembro), aos 81 anos, o cantor e compositor Erasmo Carlos. A causa da morte ainda não foi divulgada.
Erasmo ficou internado por nove dias durante o último mês no Hospital Barra D´or, no Rio de Janeiro, para tratar uma síndrome edemigênica, desequilíbrio nas forças bioquímicas que são responsáveis pelos líquidos dos vasos sanguíneos. Esta síndrome pode ser provocada pelo mau funcionamento dos rins, fígado ou coração.
Tremendão
Registrado como Erasmo Esteves, reconhecido como Erasmo Carlos, ícone do rock brasileiro. Foi cantor, compositor, ator, músico, multi-instrumentista, e escritor brasileiro. Ao lado de muitos parceiros, deu vida à Jovem Guarda e inovou em todas as fases de sua carreira.
Com Tim Maia, de quem era amigo de infância, participou do grupo de rock Snakes, na Tijuca, em 1957, substituindo seu amigo de fé e irmão camarada, Roberto Carlos. No fim dos anos 1950 e começo dos anos 1960 ajuda a moldar em aparições na TV e nas apresentações cada vez mais concorridas o movimento musical Jovem Guarda, que marca o encontro do rock britânico e americano com a melodia popular do Brasil.
A partir da década de 1970 inova em sua carreira, influenciado pela psicodelia, soul music e quebras de tabu. Também encontrou nos duetos uma forma de ampliar sua criatividade como compositor e de renovar grandes sucessos. Nara Leão, Maria Bethânia, Gal Costa, Wanderléa, A Cor do Som, As Frenéticas, Gilberto Gil, Rita Lee, Tim Maia, Jorge Ben e Caetano Veloso foram parceiros de criação e gravação do Tremendão.
Nos anos 1990 produz discos bem recebidos, com elementos da Música Popular Brasileira sempre envoltos no balanço do rock. Hábito que manteve até 2021, quando gravou seu último álbum: “O Futuro pertence à Jovem Guarda”.
