Mato Grosso do Sul receberá mais uma edição do Projeto Rondon, que começa nesta sexta-feira (6) em 13 cidades e segue até o dia 22 de julho. A operação denominada Pantanal terá a participação de 252 estudantes e professores voluntários de várias instituições de ensino superior do país, dentre as quais a Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) e a UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados).
O grupo chega a Campo Grande nesta sexta, às 15h30, desembarca na Base Aérea e se divide em equipes de 20 pessoas que seguirão para os municípios de Bandeirantes, Bodoquena, Corguinho, Corumbá, Dois Irmãos do Buriti, Jaraguari, Ladário, Miranda, Nioaque, Rio Negro, Rio Verde, Rochedo e Terenos.
Os alunos da Uems e da UFDG atuarão nas regiões de Bandeirantes, Corumbá e Ladário. A abertura da Operação ocorrerá no sábado (7), às 11h, na Universidade Estadual.
Os termos de cooperação entre o Ministério da Defesa, Governo do Estado e prefeituras foram assinados em setembro, em solenidade no auditório da Governadoria. A Segov (Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica) e a Cedec (Coordenadoria Estadual de Defesa Civil) dão apoio ao transporte para a operação Pantanal nas viagens aos municípios selecionados.
Em 2011, Projeto Rondon realizou ação especial na calha do rio Paraguai, em Corumbá.
Lição de cidadania
O Projeto Rondon foi criado em julho de 1967 com uma operação piloto, que contou com a participação de 30 alunos e dois professores da Universidade do Estado da Guanabara, hoje Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Durante 28 dias os rondonistas realizaram trabalhos de levantamento, pesquisa e assistência médica no então território federal de Rondônia. A ação sofreu paralisação e foi retomada em 2005.
Segundo o diretor do Departamento de Ensino do Ministério da Defesa e coordenador geral do Projeto Rondon, brigadeiro de Infantaria Augusto Cesar Amaral, o projeto tem a intenção de levar lição de vida e de cidadania à população de regiões afastadas em que o poder público municipal não tem condições de atender pela estrutura que dispõe, bem como proporcionar a capacitação dos servidores públicos.
Segundo ele, ao acompanhar as ações desenvolvidas pelos professores e estudantes das instituições de ensino superior, a proposta é preparar os gestores públicos, como agentes de saúde, de educação e assistentes sociais, para serem multiplicadores do aprendizado. O projeto atende municípios com menos de 30 mil habitantes ou que tenham IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) abaixo de sete.
Integração nacional
Durante a Operação, os rondonistas promoverão atividades sobre os temas de comunicação, saúde, cultura, educação, meio ambiente, trabalho, tecnologia, produção e justiça.
Os estudantes trabalharão, prioritariamente, com agentes multiplicadores, tais como funcionários das prefeituras, professores, agentes de saúde e lideranças locais, o que permitirá maior retenção e disseminação dos conhecimentos a serem transmitidos por eles.
Ainda participará da Operação uma equipe de Comunicação Social da Univali (Universidade do Vale do Itajaí), com o objetivo de divulgar as atividades desenvolvidas pelas demais equipes, dando maior visibilidade às ações sociais realizadas pelos rondonistas e divulgando o Projeto Rondon como ferramenta de integração nacional.
O Estado já recebeu o projeto outras duas vezes, em 2011: a operação Arara Azul, contemplando os municípios de Anastácio, Bodoquena, Caracol, Guia Lopes da Laguna, Ladário, Miranda e Porto Murtinho; e a operação Rio Paraguai, realizada na calha do principal rio do Pantanal, de Norte ao Sul de Corumbá, com foco nas comunidades ribeirinhas e indígenas.
Sílvio Andrade, da Subcom (Subsecretaria de Comunicação)