Em reunião virtual ocorrida nesta sexta-feira (18), dia em que a televisão brasileira completa 70 anos, a contar da inauguração da TV Tupi em 18 de setembro de 1950, a direção do IBPEC (Instituto Brasileiro das Emissoras Públicas, Educativas e Culturais) se reuniu com o diretor-geral da ABERT (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), Cristiano Flores, para debater o futuro das emissoras públicas e comunitárias no Brasil. O principal ponto abordado no encontro foi sobre a transformação de transmissão analógica para digital.
O destaque é o financiamento para a transição das emissoras já existentes do padrão analógico para o padrão digital de transmissão. O financiamento da transição para o sistema digital com recursos do fundo será permitido apenas para as emissoras comunitárias, educativas e demais emissoras de pequeno porte, ou seja, para cidades com menos de 50 mil habitantes.
Segundo explicou o Jefferson Andrade da TV Araripe, essa verba refere-se à EAD ( Entidade Administradora de Processo de Redistribuição e Digitalização de Canais TV e RTV), uma organização não-governamental e sem fins lucrativos responsável por operacionalizar a migração do sinal analógico para digital da televisão aberta no Brasil. “Como houve uma sobre de verba de R$ 1,2 bilhão, se busca conseguir parte desse valor, cerca de R$ 700 milhões, para destinar a todas as emissoras no país poderem fazer a instalação das repetidoras nas cidades com menos de 50 mil habitantes”, explicou Jefferson.
De acordo com o diretor-geral da ABERT, “estima-se o valor de R$ 250 mil para cada emissora adquirir o kit que transformação de analógico para digital, trazendo assim mais qualidade à transmissão da TV aberta, para regiões e comunidades mais carentes.
O presidente do IBPEC, Fábio Chateaubriand Borba, destacou que “nesses tempos de pandemia e em que a TV comemora 70 anos serviram também para reforçar a importância do canal aberto e demonstrar a importância das TVs públicas no Brasil”.
O diretor-presidente da TVE Cultura de Mato Grosso do Sul, Bosco Martins, salientou a importância desse projeto, “que somadas às ações da ABERT, em parceria com o IBEPEC vão colaborar na modernização do sistema público brasileiro”.
Além disso, Bosco Martins ainda lembrou sobre a Portaria 829/SEI-MCOM, de 15 de setembro de 2020, tornando a TVE Cultura MS, através da Fertel, cabeça de rede em MS.
Participaram desse encontro virtual a diretoria executiva do IBEPEC, com o diretor-presidente Fábio Chateaubriand Borba, o vice-presidente Danilo Magalhães Martiniano e Silva, o secretário-executivo Ruy Façanário, o presidente do Conselho Superior da entidade João Bosco de Castro Martins. Além do diretor-geral da ABERT e o diretor-presidente da TV Cultura de São Paulo, José Roberto Hachich Maluf e representantes da TVs públicas do país.
